O deputado estadual Rosemberg Pinto (PT) manifestou sua preocupação com o prolongamento da greve dos professores (completados 63 dias), durante a realização da reunião da Comissão de Educação, na manhã de hoje (12), na Assembléia Legislativa da Bahia. O parlamentar refletiu sobre a paralisação e voltou a afirmar que o movimento deixou de ser reivindicatória para assumir uma postura política, de enfrentamento com o Governo do Estado.
“A greve fugiu ao controle do sindicato e está sendo utilizada por dois partidos de oposição ideológica ao Governo para fazer política. Nem mesmo as intermediações do arcebispo, do Ministério Público, nem desta comissão demoveram os articuladores do movimento”, enfatizou o deputado, respondendo a provocação do deputado Paulo Azi, “que não participou da última reunião da Comissão”. Rosemberg ressaltou que as assembléias da categoria sequer discutem o movimento e partem imediatamente para votar a continuidade da greve, “que prejudica mais de um milhão de estudantes e pais, já comprometendo o ano letivo”.
De acordo com o parlamentar, não cabe ao governo propor reajuste à categoria, uma vez que quem vota o projeto é a assembléia e o mesmo foi aprovado por unanimidade no final do ano passado, tendo como relator o oposicionista Bruno Reis. Rosemberg também discordou da oposição que vem repetidas vezes provocando a presença do secretário de Educação, Osvaldo Barreto na Alba.
Segundo o deputado, os canais de negociação precisam ser reabertos, sendo que o impasse prejudica aos jovens que pretendem prestar vestibular e exame do Enem esse ano. “Mesmo que o coordenador da APLB-Sindicato, Ruy Oliveira discorde, o que aconteceu com o movimento foi uma disputa de poder que não aceita nem mesmo a intermediação de organizações representativas da sociedade”, afirmou.
fonte: PoliticosdoSuldaBahia