O governo do Estado conseguiu o feito de reunir, numa quinta-feira (dia em que geralmente não há votação) 42 deputados – além dos 7 de oposição, totalizando 49 presentes – em plenário da Assembleia Legislativa para aprovar o projeto de lei que reajusta o piso salarial da categoria.
Retroativo a 1º de janeiro de 2011, o reajuste vai constar na folha de pagamento de novembro e incide sobre o 13º salário deste ano. Os professores estaduais fizeram pressão para aprovação do projeto e terão reajuste médio de 7,5%. Eles ameaçavam entrar em greve no início do ano letivo de 2012.
O projeto, enviado pelo Executivo na última terça-feira (22), foi aprovado sem emendas e com dispensa de formalidades para uma tramitação em caráter de urgência depois de um acordo de líderes de governo, oposição e bloco independente. A sessão foi realizada sob olhares atentos de diretores do APLB Sindicato, que ocuparam as galerias. “Se não fosse aprovado hoje, os profissionais só receberiam o 13º reajustado em dezembro de 2012”, ponderou o deputado Bruno Reis (DEM), relator da matéria.
A relatoria foi acertada junto ao líder do governo, Zé Neto (PT) e ao presidente da Casa, Marcelo Nilo, numa negociação que envolveu a nomeação de outro deputado oposicionista, Carlos Geílson (PTN), para relatar o projeto que dispõe sobre incentivos fiscais a prestadores de serviços na região de Feira de Santana. Além de vice-presidente desta comissão, Bruno Reis é membro da comissão de Finanças e Orçamento, o que lhe credenciou à relatoria.
Exceção
A disputa pela relatoria do projeto, classificado pelo deputado Zé Neto como um dos mais importantes votados este ano, foi a exceção ao clima de concordância entre oposição e governo. Mesmo derrotado na nomeação do relator, Zé Neto, que “costurou” a aprovação do projeto, destacou seu caráter democrático. “É um dia de vitória da democracia”, disse, referindo-se à união forças para a aprovação da matéria.
fonte: RadarNoticias